quinta-feira, 29 de julho de 2010

A proteína do soro do leite

A proteína do soro do leite, bastante difundida entre os praticantes de atividade física como whey protein, consiste na parte extraída da porção aquosa do leite, durante o processo de fabricação do queijo. Possui um altíssimo valor biológico e, em reflexo disso, uma grande eficiência metabólica em sua absorção. Em sua composição, encontramos um alto teor de aminoácidos essenciais, principalmente os de cadeia ramificada (conhecidos como BCAAs), assim como cálcio e peptídeos bioativos do soro.

São discutidos muitos aspectos sob os quais as proteínas do soro podem influenciar positivamente nosso metabolismo, trataremos aqui alguns desses pontos, são eles: Os efeitos sobre o anabolismo muscular, a redução da gordura corporal e o efeito sobre o desempenho físico.


O anabolismo muscular
Seus benefícios relacionados ao ganho de massa muscular são conhecidos a partir de alguns fatores como o perfil de aminoácidos presentes, bastante similar ao perfil proteíco da musculatura esquelética, havendo um fornecimento de AAs e
m uma proporção muito parecida com a do músculo; à rápida absorção intestinal dos AAs, tornando sua absorção e utilização na síntese proteica mais rápida e efetiva, lembrando também de sua grande disponibilidade de aminoácidos de cadeia ramificada; e sua influência na liberação do hormônio da insulina, tida pela alta resposta insulinêmica dessa proteína, vale ressaltar que a insulina é um hormônio anabólico.

A redução da gordura corporal
Estudos comprovaram que o cálcio proveniente da diet
a reduz a ação do hormônio 1,25 hidroxicolecalciferol ou 1,25(OH)2D (Vitamina D3) que, em altas concentrações, estimula a transferência de cálcio para os adipócitos. O excesso de cálcio em contato com os adipócitos estimulam a lipogênese, reduzindo significativamente a lipólise. Hall et al. observaram que, administrando uma solução com certa quantidade de proteína do soro para um grupo e, caseína para um outro grupo, ambos em um período de 90 minutos antes da alimentação e ambos com a mesma quantidade proteica em solução, observou-se que o primeiro grupo teve uma redução de apetite comparativamente maior, devido a ação da proteína do soro sob dois hormônios intestinais, Colecistoquinina e GLP-1, peptídeo similar ao glucagon.

Efeitos sobre o desempenho físico

Alguns estudiosos sugerem uma correlação entre o estresse oxidativo, gerado pela atividade física e sua atuação no desenvolvimento da fadiga e, a consequente queda de desempenho; com a propriedade antioxidante da glutationa, agindo de forma a reduzir a disfunção muscular causada por esses agentes oxidantes. Mas como esses dois extremos são unidos? A resposta está no aminoácido cisteína, que está presente em grandes quantidades na proteína do soro que, quando ingerida, promove um aumento dos níveis desse aminoácido e no subsequente aumento na concentração de glutationa, que irá então, agir de forma a melhorar o desempenho físico. Tais informações foram reafirmadas em um teste feito por Lands et al. com um grupo de pessoas adultas praticantes de ciclismo e foi observado um maior rendimento, assim como maior quantidade de trabalho e de potência em testes de velocidade no grupo submetido à suplementação à base de proteínas concentrada do soro.

Vale ressaltar que a ingestão da proteína do soro do le
ite ou whey protein deve ser feita de forma consciente e preferencialmente acompanhada de um profissional. O excesso na suplementação protéica tem sido algo muito comum entre os jovens e adultos praticantes de atividades físicas, seja por estética e/ou bem estar físico, ignorando o fato de que esse excesso pode ser prejudicial ao organismo, a curto e longo prazo.

Schweitzer G.R.B
Referências:
-HARAGUCHI, Fabiano Kenji; ABREU, Wilson César de and PAULA, Heberth de. Proteínas do soro do leite: composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde humana
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732006000400007〈=pt
-ALVES, Crésio and LIMA, Renata Villas Boas. Uso de suplementos alimentares por adolescentes. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2009, vol.85, n.4 [cited 2010-07-20], pp. 287-294
-http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572009000400004〈=pt
-http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/21038
-http://www.gease.pro.br/artigo_visualizar.php?id=62


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